domingo, 29 de dezembro de 2013
Vem!
De 2013 esperei muita coisa e sei que ele esperou muito de mim. Das tantas coisas que esperei, creio que muitas - a maioria - foi atendida, como em uma prece aos deuses mais poderosos do universo atendidas com uma facilidade que deu a entender que era a ordem natural das coisas. Aquela minoria não atendida decerto me decepcionou, não vou negar. Talvez porque era um dos vazios que mais ansiava ser preenchido. Sendo assim, esse vazio que não foi preenchido da maneira tal como queria, tratou de não ficar para traz e absorver as completudes daqueles outros - próximos, mas não iguais. Hoje, percebo que foi melhor assim. Cada vazio de uma vez, equilibrando completudes e vazios até que exista uma relação harmoniosa.
A insustentável leveza do ser e o fardo que ela representava deixaram se esquecer - ou fizeram-se esquecer - para dar lugar a uma construção de concretudes. Mas ainda estão lá. Guardados naquela última gaveta do armário aonde se escondem bilhetes de cinema e cartas de amor. Aquela última gaveta na qual se faz questão que se mantenham intocáveis memórias antigas, recentes, boas, ruins, todas.
Pro próximo ano, peço leveza, paz, um passo de cada vez, mais abraços, mais cheiros, mais rostos, mais verdades. Mais equilíbrio ainda que a mente se mantenha desequilibrada. Peço, do mesmo modo que pedi há 1 ano atrás, que seja um ano de cores e sensações misturadas em uma dança rítmica de quem mais-faz-feliz. Peço grito, indignação, luta, suor, mas também peço brisa, tranquilidade, música e onda do mar. Que uma alquimia seja feita disso tudo e que a transborde nos muros e becos por aí. Por fim, peço amor. Em todas as suas facetas e paletas.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
4:14 - (des)ligando-se
Hoje, 07 de outubro, às 04:14 de uma madrugada de um sono que não conseguiu me vencer, deu vontade de escrever. Eu sei que escrever me faz bem, que é a minha melhor terapia, mas acabo dedicando pouco tempo a isso. Sempre digo que é um habito a ser mudado, mas nunca mudo. Enfim. A vontade surgiu do desejo de me desligar. Venho me ligando a tantas coisas e, muitas vezes, isso extrai de mim mais do que posso/consigo doar. Assim, o desgaste é inevitável e se acaba fazendo muita coisa não tão bem assim. Esse ano foi muito importante pra mim. Me descobri de formas que não esperava. Algumas me agradam, outras não. Conheci pessoas lindas que me agregaram/agregam, outras não. O fato é que me conectei de uma maneira que exigiu muito de mim, tudo culpa dessa sede de conhecer de um tudo em um tempo de quase nada. Quebrei a cara, mudei opinioes, quebrei a cara de novo, reformulei-as. Tal como o ultimo post que escrevi, apesar de me engajar e militar ser, de fato, o que levo e vou levar da e pra vida pra sempre, estou precisando de um tempo pra mim.
Pensei que ficae de ferias iria me desligar, mas a pessoa nem assim consegue. Só eu mesma pra acumular ingles, espanhol e autoescola em plenas ferias. Acho que sou uma pessoa que mereceria ter um dia que dure 24hrs, so pra poder ter um dia, assim, só pra ela. Pra respirar, meditar, (re)pensar. Como sinto falta de pensar e divagar. Sinceramente, sao coisas das mais construtivas, pra mim. E que preciso, muito, pela minha condicao sã.
Muita coisa, por outro lado, vem dando certo, apesar de algumas portas insistirem em bater. Quando olho pra alguns meses atras, vejo que construi muito, sim. Preciso me orgulhar disso. Mas preciso, tambem, escolher no que investir. Vontades difusas não me fazem bem. Em um curto prazo, dois anos, acho que poderei respirar melhor. Talvez esses dois anos de pura loucura sejam para tirar o atraso de deixar de investir em determinadas coisas, mas estas, por sua vez, não podem se sobrepor a minha necessidade de ser - e ser essencia, vide postagem anterior.
Preciso encontrar um caminho e o caminho pra isso.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
E eu escolhi não ser
Há algum tempo escrevi sobre a inconstancia e angustia causadas por nao saber o que se é. Quando há a despedida do que se foi, não há garantias de encontros imediatos do que será. E nesse meio tempo, às vezes curto e às vezes longo, sente-se a sensação de não se ser nada. De uma maneira que não se explica, a essencia parece que vai embora sem deixar espaco para despedidas. Não há como pedir que fique alguns instantes na tentativa de absorver algo do que se foi. E ve-se em meio ao vazio que é não ser. Achava eu que este período havia perecido e que a vida vinha me proporcionando inumeras oportunidades de encontros de tal maneira que mais parecia um bombardeio de informações, convites para lhe dar a mao. Na ansia de viver tudo isso, não vivi nada. Nada parecia me contemplar, nada se encaixava, nada condizia com o que estava em minha mente. E assim eu percebi, tambem, que se cobrava de mim a todo instante posicionamentos e junto deles vinha um fardo que nao poderia mensurar. Porque ali o importante nao era construir, dialogar, enriquecer. O importante era ser. E a ideia de ser se tornou um fardo quando se pensava as tantas possibilidades daquilo e o quao excludente e cruel aquele mundo podia fazer essa escolha ser. Me vi, entao, na situação contraria. Nao queria ser nada. Nao jogue seus estigmas e rotulos em cima de mim. Nao em um mundo que mais me vale dizer ser do que propriamente ser e de se saber o que se é. Porque o importante nao sao os momentos que constroem a escolha e sim o que voce se taxa, assim facilita os julgamentos.
To br continued
terça-feira, 7 de maio de 2013
Pessoas têm medo de chuva
terça-feira, 9 de abril de 2013
Sutilezas
terça-feira, 19 de março de 2013
“O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos..
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…”
Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”, 8-3-1914
domingo, 3 de março de 2013
felicidade do tamanho do sol.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Vontade de ir para o mundo
Colocar a cara tapa pra tantas coisas e pessoas. De fazer jus ao peito empirista que bate aqui dentro. Passar uma hora sozinha assistindo o cais me dizer o que a vida tem pra mim. Sentir o cheiro do rio cheio e querer poder mergulhar ali. Caminhar entre corredores espaçosos disputando a visão de prateleiras com outras pessoas. Sentir aquela inveja boa e branca de quem tá levando tantos livros. Sair e olhar mais uma vez o rio em uma despedida de quem muito em breve voltará.Pegar um ônibus vazio e passear sem rumo e hora pra voltar. E até desejar pegar o ônibus errado só para passar mais tempo dentro dessa estufa de reflexão sentindo a adrenalina de quem não sabe onde vai chegar. As tardes que gastei assim foram as mais deliciosas da minha vida. Daquelas que a gente não divide com ninguém, só com a gente mesmo e chega em casa sorrindo como quem esconde um segredo. Não há nada demais a ser escondido. Mas a sensação de ter algo só seu, mesmo que seja um momento, é tão bom. De guardar uma memória que ninguém vai ter igual, pensamentos que não seriam os mesmos se estivesse acompanhado, sensação boa danada.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
à deriva
cabresto compulsório
Mas fica para outro dia
turbulência
corpo, alma, mente.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
sábado, 5 de janeiro de 2013
''Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor''